Ele ressalta que Bolsonaro e Tarcísio também não o agradam e não definiu como votará no segundo turno
Na noite de segunda-feira (17), o prefeito de Fartura, Luciano Filé (PSDB) concedeu uma entrevista ao “Interior Podcast”, que teve como entrevistador o ex-vereador de Taguaí, Antônio Carlos Aparecido dos Santos (Carlinhos).
Essa foi a primeira entrevista do mais novo podcast da região, que além de Carlinhos conta com engajamento de outros taguaienses.
Questionado de como votaria no segundo turno, Filé foi enfático em dizer que jamais votaria em Lula e Haddad, candidatos petistas. Que tem suas convicções para isso, mas tem amigos que pertencem ao PT, entre eles deputados e que considera boa pessoas, de ótima conduta. Que segundo ele, não são pessoas que fizeram parte de escândalos como “mensalão”, “petrolão” e outros.
Disse ainda que os candidatos concorrentes: Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) também não agradam ele. Porém, que está esperando até o dia 30 para definir seu voto.
“Isso falo como cidadão e como prefeito, passei por uma pandemia que vi várias situações que não tive apoio do governo federal e isso faz com que eu tenha essa reflexão”, destaca se referindo aos candidatos Bolsonaro e Tarcísio.
Ele ainda frisa que não aceita votar no menos pior. “Quero que o candidato me conquiste, por isso assisto debate, acompanho entrevistas, converso com pessoas, quero que candidato me encante, que mostre que pode conquistar meu voto. Não fui conquistado ainda, mas também já tenho minha colocação em quem não voto”, pontuou.
FIM DO PSDB?
O prefeito ainda analisou a situação do PSDB pós essa eleição e acredita que se o partido não se reformular, está fadado ao fim.
“Faço uma reflexão aqui, tenho 15 anos de vida pública, 15 anos de PSDB, e comecei já na eleição passada a ligar um alerta, pois em 2018 o partido teve 3 milhões de votos para presidente com Alckmin. E nessa não teve candidato na majoritária, teve a Mara Gabrili como vice da Simone Tebet (MDB). Agora a nossa esperança era eleição do Rodrigo como governador, para montar um novo PSDB, dar uma repaginada no partido”, destaca.
Ele ainda diz que não existe partido perfeito, mas que infelizmente essa polarização entre apoiadores de Bolsonaro e Lula, tem feito as pessoas tratarem os partidos como “seitas”, onde se você está de um lado está do lado de Deus, se está do outro está ao lado do diabo. Com os apoiadores de cada um fazendo esse jogo de ataques, onde famílias brigam, amigos perdem amizades. E, no final das contas isso não traz nenhum benefício à população, não traz empregos, não traz progresso.
“A política não é isso que se transformou nas últimas eleições, pois a política é a arte de somar”, salienta.
Ainda se tratando da reestruturação do PSDB, o prefeito enfatiza que o partido precisa resgatar sua história de Social Democracia, que ouça a base e não se atrele só a pautar em ouvir quem está lá em cima. “Como dizia o ex-governador Franco Montoro, a população não vive no Estado, nem na União, ela vive nos municípios. E, por isso, temos que fazer política de baixo para cima, ouvir os munícipes das cidades, conversar com a dona Maria, com o seu José, ver quais demandas são mais necessárias para cada um”, explica.
Ele ainda destacou grandes nomes do PSDB que fizeram ele há 15 anos ter se filiado ao partido. Citou o saudoso amigo Odorico Furquim, que foi vereador em Fartura e grande responsável por sua filiação e consequentemente seu início, primeiramente ocupado uma cadeira no Legislativo em 2008, foi reeleito em 2012 e em 2020 foi eleito prefeito. Geraldo Alckmin, que não está mais na legenda; Mário Covas e Bruno Covas que já morreram; Arnaldo Madeira que já encerrou seu ciclo político; Samuel Moreira que não foi reeleito deputado neste mandato, entre outros.
“Infelizmente o PSDB está se enfraquecendo desses grandes nomes, isso me preocupa enquanto coordenador regional do partido, vendo as eleições daqui tanto para nossos deputados como governador, mostra que população está colocando fim de um ciclo desse partido. Espero que passando eleição partido se reúna, que possa se reinventar, voltar suas origens que é social democracia, que possa cuidar da população, voltar de fato as políticas que fizeram desde 1988 ganhar força que ganhamos, ter um presidente como foi Fernando Henrique Cardoso”, analisou Filé.
EXPOFAR
Na segunda-feira (17), também foi anunciado o primeiro show da Expofar 2023, sendo a dupla Matheus e Kauan e o prefeito acabou falando no podcast sobre a festa.
“Estamos trabalhando há um tempo para ir divulgando a população, vamos fazer uma festa para todos. Por mais que seja tradicional festa do peão, queremos fazer algo para levar a família farturense, os visitantes, pois o objetivo além do povo festejar é levar dinheiro para o município. Não adianta eu fazer uma festa que tire do município, então o objetivo é seguir padrões tanto Femus, como Rock in Far, com mais de 90% dos barraqueiros de Fartura, então o dinheiro fica aqui. E estamos trabalhando isso para Expofar, que tem uma estrutura bem maior, mas trabalhando nessa linha”, explica.
Ele diz que em breve novos shows serão anunciados e que a população pode esperar algo que resgate a história da festa que teve sua última edição em 2019. “Adianto que será com portões abertos, sem custos para quem for até o recinto ver as atrações”, frisa.
Para ver a entrevista na íntegra acesse: https://www.youtube.com/watch?v=9u5qjXsrsBA ou digite “Interior Podcast” no site ou aplicativo do Youtube.
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