Maioria dos vereadores de Fartura seguiu Tribunal de Contas que deu parecer desfavorável e apontou 28 irregularidades
Lembrando aquela desastrosa goleada por 7 a 1 que a Seleção Brasileira sofreu contra a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil em 2014, nesta semana os vereadores de Fartura ratificaram durante sessão de câmara, pelo mesmo placar, o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), relativo às irregularidades encontradas nas contas públicas do Executivo do exercício de 2016. Portanto, as contas do prefeito Tinho Bortotti foram rejeitadas mais uma vez. O chefe do Executivo já coleciona três contas rejeitadas (2013, 2015 e agora de 2016), somente a do exercício de 2014 foi aprovada.
Antes dos discursos e votação, foram lidos o Projeto de Decreto Legislativo da Comissão de Finanças, Orçamentos, Obras e Serviços Públicos, sobre a rejeição das contas do município de Fartura relativas ao exercício de 2016 e também o parecer dessa comissão formada por Anderson Lima (presidente), Bruno Guazzelli (relator) e Edson Sarapiá (membro).
Segundo informações divulgadas durante a sessão, o Tribunal de Contas apontou 28 irregularidades nas contas públicas, algumas falhas já haviam sido aprontadas anos anteriores, porém não foram sanadas pela Prefeitura.
Entre os apontamentos, a Comissão de Justiça destacou: Falta de planejamento e políticas públicas; falta de transparência, problemas não sanados apontados pelo controle interno; falha no controle dos gastos com combustíveis; falhas na iluminação pública.
O primeiro a discursar foi o vereador Anderson Lima, que criticou falhas em anos anteriores a 2016 que não foram sanadas pela administração Tinho Bortotti, apontadas pelo Tribunal de Contas.
“A sua análise (TCESP) possui um alto número de irregularidades, sendo que algumas caracterizam reincidências, quer dizer que foi avisado, foi notificado, mas infelizmente a administração (Tinho Bortotti) não tomou atitude nenhuma”, comentou Anderson.
O vereador Bruno destacou que de quatro contas analisadas pela Casa de Leis da atual administração, três delas receberam parecer desfavorável do Tribunal de Contas. Ele também ressaltou apontamentos do TCESP.
“Essa administração sempre falou em transparência, mas o tribunal de Contas apontou a falta de transparência”, disse Bruno.
O vereador Doriveti Gabriel, mesmo votando em consonância com o Tribunal de Contas e Comissão de Finanças da Câmara Municipal, destacou a crise financeira daquele ano como fator primordial para a rejeição das contas.
“A gente sabe que o prefeito (Tinho Bortotti) fez de tudo pra sanar esses apontamentos feitos pelo Tribunal. Infelizmente tudo isso é reflexo de um período que o país atravessou de dificuldades financeiras e queda de arrecadação”, disse Doriveti complementando que as contas públicas de 2018 deve receber parecer positivo do órgão responsável.
Único vereador que votou contra o parecer do Tribunal de Contas, Decinho Martins diz acompanhar de perto a administração Tinho e Pedro e reconhece a seriedade da dupla na condução dos trabalhos administrativos da Prefeitura de Fartura. Ele ainda justificou sobre os gastos com combustíveis que veículos da saúde trabalham durante todo o dia levando pacientes a outros municípios para serem atendidos.
“Eu não votaria contra o prefeito Tinho e o vice Pedro de forma nenhuma, jamais”, ponderou Decinho. (Com informações da assessoria da Câmara de Fartura.)