De acordo com a administração da Santa Casa, após campanha da família da paciente, o número médio diário de coletas na unidade passou de 17 para 40.
A idosa de 67 anos cuja família organizou uma campanha para doação de sangue em Itapeva (SP) morreu nesta quarta-feira (3) na Santa Casa da cidade.
Segundo parentes, Nildes Maria de Assis ficou mais de dez dias em coma no hospital. Neste período, ela precisou de transfusões de sangue, e após a campanha da família, o hospital registrou um aumento de 117% nas coletas.
"Ela foi uma verdadeira guerreira. Foram dez dias seguidos em coma. Eu estava realizando o acompanhamento com as minhas tias. Minha avó estava sofrendo demais e agora descansou", lembra a neta da idosa, Eloá Fernanda dos Santos Assis.
De acordo a família, Nildes tinha diabetes e teve que ser internada no último dia 24, depois que o quadro de saúde dela se agravou. A idosa desenvolveu outros problemas de saúde, como insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Além das condições clínicas, a família explicou que o estado de saúde de Nildes piorou com o surgimento de uma ferida. Por conta da lentidão na cicatrização, ela perdeu muito sangue e passou a depender de transfusões.
De acordo com a administração da Santa Casa, Nildes Maria sensibilizou as pessoas sobre as doações de sangue e deixou um legado importante.
A unidade informou que, após a divulgação da campanha, o número médio diário de doações passou de 17 para 40.
"O estado de saúde dela era bem crítico, mas ela lutou bravamente e destacou a importância das doações. Por conta da pandemia, com as pessoas afastadas dos serviços de saúde, tivemos uma queda drástica nos bancos. Por isso é tão importante que as pessoas se sensibilizem e façam suas doações", explica Aristeu de Almeida Camargo Filho, superintendente da Santa Casa.
Informações: g1 Itapetininga e região