Nesta semana a reportagem do jornal Sudoeste do Estado recebeu reclamações de moradores sobre o corte de árvores na avenida do cemitério de Fartura.
E indo apurar os fatos, viu as árvores tinham sido mesmo cortadas drasticamente, o que incomodou os moradores daquela localidade. No total houve o corte de oito árvores da espécie “Ficus”.
Uma das principais reclamações da população, é que essas árvores faziam sobra e abrigavam as pessoas em dias de velórios.
Em virtude disso, o vereador Edson Sarapiá, que além de morar por ali, tem um comércio nas imediações, apresentou um requerimento na sessão de quarta-feira, 24 de junho, onde cobra explicações da Prefeitura de Fartura, por que essa ação foi realizada.
A Coordenadoria do Meio Ambiente, através do técnico agrícola, Mauricio Teixeira Garcia, enviou uma nota na qual explica a autorização do corte das árvores.
“Estas árvores Ficus (Ficus benjamina) não são indicadas no Guia de Arborização Urbana de Fartura e de nenhum outro município, por terem raízes muito agressivas e sempre buscam água para de desenvolverem e já estavam afetando e condenando as redes de água e esgoto das residências. A Coordenadoria do Meio Ambiente vem adiando o corte dessas arvores há vários anos, pois acredita que sua sombra e o bem estar da população em dias de velório são mais importantes. Entretanto, analisando os ricos e prejuízos que esta espécie de arvores causam, nos forçou a tomar essa decisão drástica. Pois, as árvores por serem exóticas têm crescimento rápido, raízes muito agressivas, copa muito alta e seus galhos já estavam alcançando as redes de energia elétrica, podendo causar sérios acidentes em dias de ventos e chuvas fortes. E suas raízes já estavam condenando o muro de contenção da avenida”, destaca a nota assinada por Maurício.
A engenheira ambiental da Prefeitura, Nanúbia Pereira Barreto também enviou uma nota de esclarecimento. “As árvores cortadas eram da espécie Ficus benjamina L, e família Moracea e grupo Ficus. Espécie popularmente conhecida como ficus e figueira-benjamina, possui diversas variedades e pode atingir mais de 15 metros de altura. Originária da Ásia e norte da Austrália, é uma das árvores exóticas mais cultivada na região sudeste, como árvore de sombra, estando muito presente em parques, jardins e arborização urbana brasileira. As árvores do gênero Ficus possuem raízes e troncos com crescimento rápido. No entanto, essas raízes são muito agressivas, invadindo e destruindo o que tiver próximo, como calçadas e construções. Dessa forma, devem ser plantadas apenas em grandes jardins e parques. Referente à avenida em que se encontravam, não estavam instaladas em local apropriado. Acarretando em prejuízos ao local, como danificação da estrutura. Ainda, as imagens aqui apresentadas mostram as raízes compactadas com o pouco espaço para o seu desenvolvimento. Agora, há necessidade de um projeto de revitalização da área, que será elaborado o mais rapidamente, junto ao departamento de arquitetura da prefeitura, com a escolha de espécies adequadas e instrumentos urbanos pertinentes”, explica a engenheira ambiental.
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